Projeto “Meu Médico Não Me Escuta”

percepções dos alunos e professores

Autores

  • Maria Elisa Gonzalez Manso Centro Universitário São Camilo SP. PUC COGEAE SP.

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v12.975

Palavras-chave:

Currículo, Educação Médica, Medicina Narrativa, Atenção Primária à Saúde

Resumo

As atuais Diretrizes Curriculares para os cursos de medicina buscam um perfil de egresso generalista, humanista, crítico e reflexivo. Com a finalidade de alcançar este perfil, foi proposta esta pesquisa-ação, realizada em um curso de medicina situado na cidade de São Paulo, estado de São Paulo. O objetivo deste trabalho é relatar a percepção dos envolvidos, educandos e professores, e entender como este grupo vivenciou esta experiência. Para tanto, foi feita análise dos diários de campo e transcrições de rodas de conversa que ocorreram durante o projeto. A experiencia foi considerada gratificante pelos participantes, que destacam o quanto puderam entender questões sobre o processo de adoecer. Os princípios e atributos da Atenção Primária à Saúde foram visualizados e apreendidos na prática do projeto, porém notou-se que ainda há pouca incorporação da socio-afetividade durante a formação destes educandos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Streit DS, Neto FB, Lampert JB, Lemos JMC, Batista NA. Dez anos de diretrizes curriculares nacionais. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Educação Médica; 2012.

Conselho Nacional de Educação. Câmara Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Parecer CNE/CES n. 116/2014. Brasília, DF: CNES; 2014.

Kleinmam A. Patients and healers in the context of cultures: an exploration of boderland between anthropology and psychiatry. Los Angeles: University of California Press; 1980.

Good BJ. Medicine, rationality and experience: an anthropological perspective. New York: Cambridge Press; 1994.

Manso MEG. Saúde e doença: do controle sobre os corpos à perspectiva do adoecido. São Paulo: Max Limonad; 2015.

Eisenberg L. Disease and illness: distinctions between professional and popular ideas of sickness. Cult Med Psychiatry. 1977;1(1):9-23. https://doi.org/10.1007/BF00114808.

Greenhalgh T, Hurwitz B. Why study narrative? BMJ. 1999 Jan 2;318(7175):48-50. https://doi.org/10.1136/bmj.318.7175.48.

Charon R. Literature and medicine: origins and destinies. Acad Med. 2000;75(1):23-7. https://doi.org/10.1097/00001888-200001000-00008.

Charon R. Narrative medicine: honoring the stories of illness. New York: Oxford University Press; 2006.

Groleau D, Young A, Kirmayer LJ. The McGill Illness Narrative Inter¬view (MINI): an interview schedule to elicit meanings and modes of reasoning related to illness experience. Transcult Psychiatry. 2006;43(4):671-91. https://doi.org/10.1177/1363461506070796.

Fernandes I. A pertinência da Medicina Narrativa na prática clínica. Rev Port Med Geral Fam. 2014;30(5):288-90.

Carelli FB, Pompilio CE. O silêncio dos inocentes: por um estudo narrativo da prática médica. Interface (Botucatu). 2013;17(46):677-81. https://doi.org/10.1590/S1414-32832013005000020.

Charon R, Wyer P, NEBM Working Group. Narrative evidence-based medicine. Lancet. 2008;371(9609):296-7. https://doi.org/10.1016/s0140-6736(08)60156-7.

Charon R. Narrative medicine in the international education of physicians. Presse Med. 2013;42(1):3-5. https://doi.org/10.1016/j.lpm.2012.10.015.

Tapajós R. Introducing the arts into medical curricula. Interface (Botucatu). 2002;6(10):27-36. https://doi.org/10.1590/S1414-32832002000100003.

Blasco PG. É possível humanizar a Medicina? reflexões a propósito do uso do cinema na educação médica. Mundo Saude. 2010;34(3):357-67.

Gallian D. A literatura como remédio: os clássicos e a saúde da alma. São Paulo: Martin Claret; 2017

Claro LBL, Mendes AAA. Uma experiencia do uso de narrativas na formação de estudantes de medicina. Interface (Botucatu). 2018;22(65):621-30. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622016.0850.

Puvanendran P, Vasanwala FF, Kamei RK, Hock LK, Lie DA. What do medical students learn when they follow patients from hospital to community? A longitudinal qualitative study. Med Educ Online. 2012;17: 188-99. http://dx.doi.org/10.3402/meo.v17i0.18899.

Souza NA, Rocha HA, Bastos DF, Gomes MK, Bollela VR. Narrativa de Adoecimento e as práticas formativas na construção da realidade clínica. 2014;10:47-57.

Good B, Delvechio-Good MJ. Fiction and Historicity in Doctor’s Stories In: Mattingly C, Garro L. editors. Narrative and the cultural construction of illness and healing. California: University of California Press; 2000.

Minayo MCS, Deslandes SF, Gomes R. Pesquisa social: teoria, método, criatividade. Rio de Janeiro: Petrópolis; 2013.

Leal EM, Souza AN, Serpa Junior OD, Oliveira IC, Dahl CM, Figueiredo AC et al. McGill Entrevista Narrativa de Adoecimento - MINI: tradução e adaptação transcultural para o português. Cienc Saude Colet. 2016;21(8):2393-402. https://doi.org/10.1590/1413-81232015218.08612015.

Cunningham H, Taylor D, Desai UA, Quiah SC, Kaplan B, Fei L, et al. Looking back to move forward: first-year medical students' meta-reflections on their narrative portfolio writings. Acad Med. 2018;93(6):888-94. https://doi.org/10.1097/ACM.0000000000002102.

Claro LBL, Mendes AAA. Uma experiência do uso de narrativas na formação de estudantes de Medicina. Interface (Botucatu). 2018;22(65):621-30. https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0850.

Miller E, Balmer D, Hermann N, Graham G, Charon R. Sounding narrative medicine: studying students’ professional identity development at Columbia University College of Physicians and Surgeons. Acad Med. 2014;89(2):335-42. https://doi.org/10.1097/ACM.0000000000000098.

Favoreto CA, Camargo Junior KR. A narrativa como ferramenta para o desenvolvimento da prática clínica. Interface (Botucatu). 2011;15(37):473-83. https://doi.org/10.1590/S1414-32832011005000005.

Merhy EE. Um ensaio sobre o médico e suas valises tecnológicas contribuições para compreender as reestruturações produtivas do setor Saúde. Interface (Botucatu). 2000;4(6):109-16. https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000100009.

Damasceno RF, Silva PLN. Competência cultural na atenção primária: algumas considerações. J Manag Prim Health Care. 2018;9:e11. https://doi.org/10.14295/jmphc.v9i0.435

Bohm D. Diálogo: comunicação e redes de convivência. São Paulo: Palas Athena; 2005.

Faria L, Quaresma MA, Patiño RA, Siqueira R, Lamego G. Teaching-service-community integration in practice scenarios of interdisciplinary Health Education: an experience of the Work Education for Health Program (PET-Health) in Southern Bahia. Interface (Botucatu). 2018;22(67):1257-66. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622017.0226.

Downloads

Publicado

03-06-2020

Como Citar

1.
Manso MEG. Projeto “Meu Médico Não Me Escuta”: percepções dos alunos e professores. J Manag Prim Health Care [Internet]. 3º de junho de 2020 [citado 3º de dezembro de 2024];12:1-16. Disponível em: https://jmphc.emnuvens.com.br/jmphc/article/view/975

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.