A relação entre a educação em saúde de pacientes com diabetes e os gastos em saúde no setor público
DOI:
https://doi.org/10.14295/jmphc.v11iSup.775Resumo
O diabetes é uma pandemia global (BASSET, 2005), que atinge cerca de 425 milhões de pessoas (IDF, 2017). O Brasil possui uma das maiores prevalências do diabetes, sendo que ocupa a quarta posição entre pessoas adultas (20-79 anos) e a terceira posição entre jovens com menos de 19 anos com diabetes tipo 1. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) declara que há mais de 13 milhões de brasileiros vivendo com a patologia, o que representa cerca de 7% da população (SBD, 2017). Contudo, não há qualquer distinção entre a população que possui diabetes tipo 1, tipo 2 ou até mesmo outro casos com menor prevalência, como “Lada” ou “Mody”. Segundo a International Diabetes Federation (IDF), os cuidados em saúde referentes à essa doença, inclusive em países de baixo desenvolvimento, envolvem: acesso a medicação (insulina), automonitorização (teste de glicemia capilar), acompanhamento nutricional, prática de atividade física , acompanhamento psicológico e educação em diabetes. A ONU declarou em 2007, que o diabetes é um “desafio de saúde global“ (ONU, 61/225),foi responsável por cerca de 1,5 milhão de mortes em 2012 (OMS, 2012), sem ao menos considerar os casos originados a partir de complicações do diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Das mais de 422 milhões de pessoas com diabetes estima-se que cerca de 50% ainda não foi diagnosticada (IDF, 2015). Além das perdas humanas, o diabetes apresenta um altíssimo impacto econômico. Dados da American Diabetes Association (ADA), estimam que os gastos com os casos de diabetes diagnosticados foram de US$ 327 bilhões em 2017 (ADA, 2017). Estudo realizado em 184 países do mundo, com adultos (20-79 anos), com diabetes estabeleceu que o custo global é de mais de US$ 1 trilhão (BOMMER et all., 2017). Esse valor corresponde a quase 2% do PIB mundial. Bommer et all (2017) concluíram que 2/3 do valor total foram gastos diretos (cuidados médicos), enquanto 1/3 foram gastos indiretos, como por exemplo, a perda de produtividade. Contudo, é extremamente difícil mensurar os custos diretos relacionados ao tratamento do diabetes e aqueles que são derivados do tratamento das suas complicações. A educação em saúde sobre diabetes é ferramenta fundamental do processo de manejo e autocuidado da pessoa que possui essa doença, mas muitas vezes é negligenciada pelos profissionais de saúde ou até mesmo pelos gestores tomadores de decisão. Ainda na primeira metade do século XX, Elliot P. Joslin, médico e fundador do centro de referência em diabetes que leva seu nome, já preconizava que "o paciente educado fica melhor". Essa linha de atenção de educação em saúde, que envolve a pessoa com diabetes, tornando-a protagonista do seu cuidado integral, tem ganho força no cenário mundial. Nos últimos cinco anos, foi reconhecida tanto pela IDF quanto pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Ainda com relação ao reconhecimento da importância da educação no processo de controle do diabetes, a OPAS - publicou em 2012 o caderno de orientações intitulado "Melhorias dos Cuidados Crônicos por meio das Redes de Atenção à Saúde" onde sugere um Modelo de Cuidados Crônicos – MCC, utilizado com êxito tanto em países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Ele pressupõe que a atenção às doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) ocorra com base na orientação, na equidade com a participação do indivíduo, da família e da comunidade. Além disso, que fomente a preparação de recursos humanos na atenção às DCNTs e à qualidade de vida (SBD, 2017). É importante destacar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como “health education” o conjunto de ações desenvolvidas com intuito de ajudar comunidades e indivíduos a melhorarem sua saúde a partir do ganho de conhecimentos e/ou influência sobre suas atitudes. A limitada biografia existente sobre os custos do diabetes torna ainda mais complexa uma pesquisa que tem como objetivo entender a relação da educação em saúde do paciente com diabetes e os custos econômicos para a saúde pública. Objetivo: Entender os custos econômicos para a saúde pública decorrentes da educação em saúde para pacientes com diabetes. Método: Esse estudo é uma revisão integrativa com abordagem qualitativa, que busca entender o estado da arte sobre a relação da educação em saúde de pacientes com diabetes e os gastos em saúde com suas complicações, no setor público. Para isso, foi realizada a busca da literatura disponível sobre o tema, na base de dados PubMed. Como critério de inclusão, serão selecionados artigos científicos disponíveis na base de dados, no idioma português e inglês. Para a definição dos descritores de busca sobre o tema utilizou-se inicialmente, os DeCS (Descritores em Ciência da Saúde). Os principais descritores selecionados para a busca foram: educação em saúde, paciente, diabetes, gastos, setor público. Posteriormente, foi feita a pesquisa desses descritores na própria base de dados PubMed por meio do MeSH (Medical Subject Headings). A sintaxe final da busca foi (((PATIENT AND DIABETES MELLITUS)) AND (HEALTH EDUCATION OR HEALTH EXPENDITURE* OR COST)) AND PUBLIC SECTOR. Resultados: Foram encontrados 72 estudos, a partir de uma análise preliminar observou-se que apenas dois estudos são nacionais e apenas um aborda exclusivamente o diabetes tipo 1, os demais não fazem essa distinção ou abordam exclusivamente o diabetes tipo 2. Considerações finais: A partir dos dados, pôde-se observar que é um tema pouco abordado pela literatura o que pode ser uma evidência a pouca relevância dada à educação em saúde para população com diabetes pelo sistemas públicos ao redor do mundo.
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