Residência Multiprofissional em Atenção Básica: a inserção de grupos na rotina de trabalhos de um PSF no Município de Petrópolis

Autores

  • Rafaella Araújo de Azevedo FASE/FMP, Petrópolis-RJ
  • Mariana Leal Marcolino FASE/FMP, Petrópolis-RJ
  • Desirré Mathias FASE/FMP, Petrópolis-RJ
  • Raphael Curioni FASE/FMP, Petrópolis-RJ

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v7i1.474

Palavras-chave:

Atenção Básica, Grupos, Saúde Coletiva.

Resumo

As atividades dos Postos de Saúde da Família (PSF) influenciadas por um viés biomédico se transformaram em algo distante da estratégia de cuidado, prevenção e promoção de saúde de forma coletiva e comunitária proposta na Atenção Básica (AB) dentro da perspectiva de territorialização. Desenvolver estratégias que deem vazão em um sentido coletivo e não a um olhar individualizante (quase ambulatorial) ou em práticas verticalizadas contempla a visão de forma de trabalho na AB. As iniciativas norteadas pelos residentes do programa de residência multiprofissional da FASE/FMP inseridos no PSF Fazenda Inglesa no município de Petrópolis-RJ buscam romper com a atual conjuntura e retomar o foco dessa unidade dentro de ações coletivas através da implementação de grupos dentro do posto de saúde. Em 2016 os profissionais residentes (equipe composta por enfermeiro, nutricionista e psicólogo) iniciaram esse processo através da transformação de um já existente e grupo, o “Qualidade de Vida”, no “Grupo das Mulheres”. Em um segundo momento houve a inserção do “Grupo dos Homens. Para que os grupos tivessem início e conseguissem se consolidar foi preciso um árduo trabalho de convencimento com os agentes comunitários para compreensão das magnitudes de um trabalho não restrito ao atendimento individual. A equipe técnica e administrativa do PSF se colocou desde o início de forma cooperativa, fazendo convites para os usuários irem aos grupos. A sala de espera também foi outra estratégia criada, sendo comunicada a possibilidade de participação de grupos enquanto esperavam atendimento. Os grupos das mulheres e dos homens (operativos) possuem duas regras de participação: enquadrarem-se no gênero e maiores de 19 anos, sem a obrigatoriedade de continuidade; são realizados semanalmente, com duração de uma hora e meia, e possuem objetivos específicos de acordo com o público atendido. Através dessa proposta é possível envolver os membros da equipe, tanto agentes comunitários como o quadro técnico, fazendo com que essa experiência possa consolidar essas atividades como fixas no posto ou que outras possam ser feitas. Outro aspecto importante é a condução do trabalho no viés de promoção e acompanhamento da saúde do território de forma a levar em conta o traçado histórico e coletivo da região adstrita pelo PSF, ou seja, dentro de uma lógica promotora em âmbito comunitário e coletivo. Esse estudo encontra-se em viés de andamento e teve seu início no mês de abril de 2016 e se espera que esse tipo de abordagem atue de forma preventiva e promotora à saúde com um cuidado acompanhado em um viés coletivo para o cuidado da saúde física e saúde mental do usuário daquele local, além da construção de outros tipos de grupo. 

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Publicado

05-01-2017

Como Citar

1.
de Azevedo RA, Marcolino ML, Mathias D, Curioni R. Residência Multiprofissional em Atenção Básica: a inserção de grupos na rotina de trabalhos de um PSF no Município de Petrópolis. J Manag Prim Health Care [Internet]. 5º de janeiro de 2017 [citado 21º de novembro de 2024];7(1):134-. Disponível em: https://jmphc.emnuvens.com.br/jmphc/article/view/474

Edição

Seção

Seminários, Simpósios e Mesas Redondas

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