Redes sociais de gestantes de risco habitual na Atenção Primária à Saúde

a influência das relações no cuidado pré-natal

Autores

  • Tatiana Cabral da Silva Ramos Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
  • Helena Maria Scherlowski Leal David Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
  • Tarciso Feijó da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
  • Caroline do Nascimento Leite Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v12.994

Palavras-chave:

Redes Sociais, Estratégia Saúde da Família, Cuidado Pré-Natal

Resumo

O cuidado pré-natal inclui a prevenção de doenças, a promoção da saúde e o tratamento de problemas que possam ocorrer durante a gestação.  As relações sociais da mulher neste período podem contribuir para uma melhor assistência pré-natal, ao ampliar os recursos disponíveis para o cuidado em saúde. O objetivo do artigo é apresentar a configuração das redes sociais de gestantes acompanhadas durante o pré-natal em um município de médio porte do Rio de Janeiro em duas unidades de Atenção Primária à Saúde. Utilizou-se a abordagem qualitativa com enfoque na Análise de Redes Sociais.  Os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada mediante um roteiro com perguntas que nortearam os relatos das mulheres sobre profissionais e/ou pessoas que acionavam numa perspectiva do cuidado em saúde. O Software UCINET foi utilizado para construção e apresentação das redes sociais e permitiram elucidar as relações das gestantes na busca pelo cuidado em saúde na Atenção Primária à Saúde.  Através do estudo foi possível observar a relevância das relações estabelecidas durante o pré-natal pelas gestantes, com destaque para as figuras do gênero feminino citadas pelas gestantes.  Essas foram vistas como referências para informações e apoio afetivo. Os médicos e enfermeiros, no que tange aos profissionais de saúde, emergiram como aqueles com os quais as relações de vínculo e confiança são mais sólidas. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiana Cabral da Silva Ramos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Mestre em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Docente da Universidade Estácio de Sá. 

Helena Maria Scherlowski Leal David, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz. Professora titular do departamento de saúde pública da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Tarciso Feijó da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Doutor em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Docente da Universidade Estácio de Sá.

Caroline do Nascimento Leite, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Mestre em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Docente da Universidade Estácio de Sá.

Referências

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília, DF: MS; 2013. 318 p.: il.

Duarte SJH, Almeida EP. O papel do enfermeiro do programa saúde da família no atendimento pré-natal. Rev Enferm Cent Oeste Mineiro. 2014 jan/abr;4(1):1029-35. https://doi.org/10.19175/recom.v0i0.137.

Cruz RSBLC, Caminha MFC, Batista Filho M. Aspectos históricos, conceituais e organizativos do pré-natal. Rev Bras Cienc Saude [Internet]. 2014 [citado 10 jun 2017];18(1):87-94. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/view/15780.

Zugaib M, Francisco RPV, Cançado SJB. Zugaib obstetrícia. 3a ed. Barueri (SP): Manole; 2016.

Nações Unidas do Brasil. OMS publica novas orientações sobre pré-natal para reduzir mortes de mães e bebês. 2016 [citado 3 set 2017]. Disponível em: https://nacoesunidas.org/oms-publica-novas-orientacoes-sobre-pre-natal-para-reduzir-mortes-de-maes-e-bebes/

Zampieri MFM, Erdmann AL. Cuidado humanizado no pré-natal: um olhar para além das divergências e convergências. Rev Bras Saude Matern Infant. 2010;10(3):359-67. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292010000300009.

Andrade DMC, David HMSL. Análise de redes sociais: uma proposta metodológica para a pesquisa em saúde e na enfermagem. Rev Enferm UERJ. 2015;23(6):852-5. http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2015.14861.

Gerhardt TE, Santos DL. Condições de vida, redes e apoio social na procura por serviços de saúde. Rev APS [Internet]. 2012 [citado 7 ago 2017];15(3):245-68. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/15070.

Haythornthwaite, C. Social Networks and information transfer. In: Bates MJ, Maack MN, editors. The encyclopedia of library and information science. New York: Taylor & Francis; 2009. p. 1-22.

Demarchi RF, Nascimento VF, Borges AP, Terças ACP, Grein TAD, Baggio E. Percepção de gestantes e puérperas primíparas sobre a maternidade. Rev Enferm UFPE on line. 2017;11(7):2663-73. http://dx.doi.org/10.5205/reuol.10939-97553-1-RV.1107201703.

Piccinini CA, Carvalho FT, Ourique LR, Lopes RS. Percepções e sentimentos de gestantes sobre o pré-natal. Psicol Teor Pesqui. 2012;28(1):27-33. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722012000100004.

Valentim MLP. Métodos qualitativos de pesquisa em ciência da informação. São Paulo (SP): Polis; 2005.

Prefeitura Municipal de Queimados (RJ). Plano municipal de saúde de Queimados (PMS) 2018-2021. Queimados (RJ): SEMUS; 2017.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de atenção básica. Brasília, DF: MS; 2012. 110 p. il. (Série e. legislação em saúde).

Borgatti SP, Everett MG, Freeman LC. Analyzing social network. [n.p.]: Sage; 2018.

Moromizato MS, Ferreira DBB, Souza LSM, Leite RF, Macedo FN, Pimentel D. O uso de internet e redes sociais e a relação com indícios de ansiedade e depressão em estudantes de medicina. Rev Bras Educ Med. 2017;41(4):497-504. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v41n4rb20160118.

Granovetter M. The strenght of weak ties. Am J Sociol (Chicago). 1973[citado 5 set 2018];78(6):1360-80. Disponível em: https://www.journals.uchicago.edu/doi/pdf/10.1086/225469.

Bourdieu P. O capital social: notas provisórias. In: Catani A, Nogueira MA, organizadores. Escritos de educação. Petrópolis (RJ): Vozes; 1998. p. 65-70.

Stotz EN. Redes sociais e saúde. In: Marteleto RM, Stotz EN, organizadores. Informação, saúde e redes sociais: diálogos de conhecimentos nas comunidades da Maré. Rio de Janeiro: Fiocruz; 26-42. https://doi.org/10.7476/9788575413319.

Meireles A, Costa ME. A experiência da gravidez: o corpo grávido, a relação com a mãe, a percepção de mudança e a relação com o bebé. Psicologia (Lisboa). 2004;18(2):75-98. http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v18i2.431.

Azevedo MAJ. Redes sociais de usuários portadores de tuberculose: a influência das relações no enfrentamento da doença [dissertação]: Universidade do Estado do Rio de Janeiro. [Rio de Janeiro (RJ)]; 2018. 91 p.

Godbout JT. O espírito da dádiva. Cabrera JP, tradutor. Paris: Éditions La Découverte, 1992.

Cordeiro JC. Redes Sociais e Saúde: Reseña de “Redes sociais e sáude: novas possibilidades teóricas” de P. H. Martins y B. Fontes. 2007;12(10):1-17. https://doi.org/10.5565/rev/redes.106.

Coutinho EC, Silva CB, Chaves CMB, Nelas PAB, Parreira VBC, Amaral, MO, Duarte JC. Gravidez e parto: o que muda no estilo de vida das mulheres que se tornam mães? Rev Esc Enferm USP. 2014;48(n. spe 2):17-24. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420140000800004.

Morgado R. Mulheres/mães e o abuso sexual incestuoso. Rio de Janeiro (RJ): Editora UFRJ; 2012. 240 p.

Ferreira TN, Almeida DR, Brito HM, Cabral JF, Marin HÁ, Campos FMC, et al. A importância da participação paterna durante o pré-natal: percepção da gestante e do pai no município de Cáceres - MT. Rev Gestao Saude [Internet]. 2014 [citado 7 jul 2018];5(2):337-45. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/432.

Plummer K. Sociologia. São Paulo (SP): Saraiva; 2015. 232 p.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida. Brasília, DF: MS; 2017. 51 p.

Stevanim LF. Pai que é pai: como a paternidade pode promover igualdade de gênero e melhores condições de saúde. RADIS FIOCRUZ [Internet] 2017 ago. [acesso em 3 set 2018];179:16-25. Disponível em: https://www.slideshare.net/Marcusrenato/radis-os-sentidos-de-ser-pai-cuidado-paterno-como-polticas-pblicas.

Costa SL, Mendes R. Redes sociais territoriais. São Paulo (SP): Fap-Unifesp; 2014. 232 p.

Fonseca JSA. Redes sociais na regulação da assistência à saúde em um município de pequeno porte do Rio de Janeiro [dissertação]. [Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 2017. 95 f.

Andrade FM, Castro JFL, Silva AV. Percepção das gestantes sobre as consultas médicas e de enfermagem no pré-natal de baixo risco. Rev Enferm Cent Oeste Mineiro. 2016;6(3):2377-88. https://doi.org/10.19175/recom.v6i3.1015.

Santiago CMC, Sousa CNS, Nobrega LLR, Sales LKO, Morais FRR. Assistência ao pré-natal e as práticas desenvolvidas pela equipe de saúde: revisão integrativa. Rev Pesqui Cuidade Fundam [Internet]. 2017 [citado 8 ago 2018];9(1):279-88. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/4184.

Canerver BP, Mattia D, Virtuoso AM, Schmitt KR, Fontoura MHC, Amestoy SC, et al. Percepções das agentes comunitárias de saúde sobre o cuidado pré-natal. Rev Investig Educ Enferm [Internet]. 2011 [citado 8 ago 2018];29(2):204-11. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=105222400006.

Santos CW, Filho MCF. Agentes comunitários de saúde: uma perspectiva do capital social. Cienc Saude Colet. 2016;21(5):1659-68. https://doi.org/10.1590/1413-81232015215.23332015.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a política nacional de atenção básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da atenção básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2017 [citado 20 dez 2018]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

Downloads

Publicado

26-08-2020

Como Citar

1.
Cabral da Silva Ramos T, Maria Scherlowski Leal David H, da Silva TF, do Nascimento Leite C. Redes sociais de gestantes de risco habitual na Atenção Primária à Saúde: a influência das relações no cuidado pré-natal. J Manag Prim Health Care [Internet]. 26º de agosto de 2020 [citado 23º de novembro de 2024];12:1-16. Disponível em: https://jmphc.emnuvens.com.br/jmphc/article/view/994

Artigos Semelhantes

<< < 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.