Prevalência da doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial

Autores

  • Lucas Saraiva da Silva Universidade Federal Fluminense
  • Daniele Francine Pereira Universidade Federal Fluminense
  • Mário Renato Grillo Lage Universidade Federal Fluminense
  • Luciana Saraiva da Silva Universidade Federal de Viçosa
  • Rosângela Minardi Mitre Cotta Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v7i1.379

Palavras-chave:

Doença Renal Crônica, Prevalência, Hipertensão Arterial, Atenção Primária à Saúde.

Resumo

A doença renal crônica (DRC) representa um grave problema de saúde pública e sua prevalência tem um incremento anual de 8 a 16%. No Brasil, 10 milhões de indivíduos apresentam algum grau de alteração renal e mais de um milhão de pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a DRC terminal. Idosos, obesos, portadores de hipertensão arterial (HA) ou diabetes mellitus (DM), são os grupos mais propensos a problemas renais. Destaca-se que a DRC cursa de forma silenciosa e sua evolução depende da qualidade do atendimento ofertado muito antes da falência renal. Identificar a prevalência de DRC oculta por meio da estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG) em portadores de HA cadastrados na atenção primária à saúde (APS) em um município do interior de Minas Gerais. Estudo transversal com os portadores de HA acompanhados pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Porto Firme, Minas Gerais, em 2012 e 2013. Participaram do estudo 293 indivíduos, correspondendo a 42% dos portadores de HA do município. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas, avaliações clínica (valores de pressão arterial sistólica e diastólica), antropométrica (peso, estatura, circunferência da cintura e índice de massa corporal) e bioquímica (creatinina sérica e relação albumina/creatinina urinária). Para a identificação da ocorrência de DRC, utilizou-se a fórmula CKD-EPI. Considerou-se portador de DRC os indivíduos com TFG < que 60 mL/min/1,73m². A maioria dos indivíduos avaliados era do sexo feminino (74%), idosos (69%), com baixa renda (90%), baixa escolaridade (84%) e com excesso de peso (66,9%). Encontrou-se prevalência de DRC de 38,6% (IC 95%: 33,0 – 44,2), sendo 33,1%; 4,1% e 1,4% classificados nos estágios 3A, 3B e 4, respectivamente. A TFG média foi 64,0 (dp=14,0) mL/min/1,73m², com mínimo de 15,6 e máximo de 106,7 mL/min/1,73m². O estudo revelou uma prevalência alarmante da DRC na população de estudo, demonstrando o papel significativo da APS no diagnóstico precoce por meio da inclusão rotineira do cálculo da TFG estimada como um dado complementar aos resultados das dosagens de creatinina sérica, a fim de diagnosticar a DRC nos seus estágios iniciais e evitar sua progressão, reduzir gastos no tratamento e melhorar a qualidade de vida da população. Por fim, enfatiza-se a necessidade de ações de prevenção de agravos e enfermidades e promoção da saúde. 

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Biografia do Autor

Lucas Saraiva da Silva, Universidade Federal Fluminense

 

 

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Publicado

05-01-2017

Como Citar

1.
da Silva LS, Pereira DF, Lage MRG, da Silva LS, Cotta RMM. Prevalência da doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial. J Manag Prim Health Care [Internet]. 5º de janeiro de 2017 [citado 21º de novembro de 2024];7(1):53-. Disponível em: https://jmphc.emnuvens.com.br/jmphc/article/view/379

Edição

Seção

Seminários, Simpósios e Mesas Redondas

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