Atenção primária à saúde em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.14295/jmphc.v12.998Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família, Infecções por CoronavírusResumo
O mundo vivencia algo totalmente novo e incerto: a pandemia do Coronavírus (COVID-19). Essa pandemia vem trazendo impactos para a vida da sociedade e, em muitos casos, acarretando às pessoas mudança de hábitos e rotinas, obrigando-as a conviver com incertezas. Em face a isso, surgem questões no campo da gestão da saúde de como não só atuar com cuidados curativos imprescindíveis neste momento, como também atuar em prevenção e educação da população frente à doença. Nesse sentido, este documento busca discutir como a Atenção Primária à Saúde – APS, por meio da Estratégia da Saúde da Família – ESF, pode atuar na luta contra o COVID-19. A partir das reflexões apresentadas neste documento, pode-se concluir que a APS possui um papel fundamental na rede de atenção à saúde e não pode ficar à parte durante a pandemia. Considera-se, entretanto, que regras de prevenção e provimento de equipamentos de proteção individual para todos os colaboradores, na APS, devem ser observados; tal situação para alguns autores, tende a ser exceção, principalmente em locais mais pobres, com baixa qualidade de atenção à saúde. Ressalta-se que, caso não se observem as condutas necessárias para se mitigar o risco de infecção para os componentes da equipe do ESF, o funcionamento da Unidade Básica de Saúde – UBS pode apresentar mais risco do que auxílio nesta pandemia. É necessário, também, repensar o papel da ESF cuja atuação na saúde é complexa e exige que os profissionais da equipe, como os médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde, sejam capacitados para tanto. Além de treinamentos específicos em relação à atuação nas pandemias, é preciso promover a especialização em saúde da família para todos os componentes da equipe de nível superior.
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