Caracterização dos óbitos por malformações congênitas no sistema nervoso entre 2000 e 2017 no Brasil

Autores

  • Mateus Sousa Cavacante Universidade Federal do Ceará - UFC, Sobral, CE, Brasil
  • Gláucia Galindo Silva Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Pinheiro, MA, Brasil
  • Érica Santos Rocha Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Pinheiro, MA, Brasil
  • Jardel Barbosa da Silva Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Pinheiro, MA, Brasil
  • Thayná Rocha Coimbra Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Pinheiro, MA, Brasil
  • Allan Cristhyan Alves Carvalho Universidade Federal do Ceará - UFC, Sobral, CE, Brasil
  • Bruno Luciano Carneiro Alves de Oliveira Universidade Federal do Maranhão - UFMA, São Luís, MA, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v12.988

Palavras-chave:

Anormalidades Congênitas, Sistema Nervoso, Epidemiologia

Resumo

No Brasil, distúrbios genéticos são a segunda maior causa de mortalidade infantil, e os defeitos do sistema nervoso (SN) correspondem a 18,8% deles. Este estudo buscou caracterizar os óbitos por Malformações Congênitas no Sistema Nervoso – MCSN entre 2000 e 2017 no Brasil. Trata-se de estudo transversal com dados de óbitos por MCSN de 2000 a 2017. Foram analisadas as variáveis idade, sexo e cor/raça do óbito da criança, e a idade, escolaridade e tipo de parto da mãe, região do país, e quais as principais malformações. Diferenças estatísticas foram verificadas por meio do teste de Qui-quadrado de Pearson e consideradas significantes quando o p-valor <0,05. No período avaliado, foram registrados 29.641 óbitos por MCSN e o número de casos vem reduzindo. A hidrocefalia foi a causa mais frequente, seguida da microcefalia. Óbitos relacionados à microcefalia tiveram pico súbito de crescimento durante o período de epidemia do Zika. A maioria dos casos de óbitos por microcefalia nos anos analisados (86,0%) foram em crianças menores de um ano de idade. As variáveis sociodemográficas: sexo, raça e região demonstraram-se estatisticamente significantes (p-valor<0,05). A região Sudeste apresentou maior proporção (34,8%), seguido do Nordeste (30,4%). A maioria dos óbitos foi em meninas (52,1%), brancos (56,0%) e nasceram de parto cesáreo (64,1%). Predominaram casos em mães na faixa etária de 19 a 35 anos (74,6%), seguido de mães mais jovens (19 anos = 17,1%). Também houve predominância de casos quando a mãe possuía escolaridade de 4 a 11 anos (72,1%). Observou-se que ainda há grande ocorrência de óbitos por MCSN e estes ainda são maiores que outros países. Esses dados podem refletir a baixa adesão ao pré-natal e cuidados gestacionais, assim como geram questões importantes sobre ao desenvolvimento infanto-juvenil no país.

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Publicado

16-11-2020

Como Citar

1.
Sousa Cavacante M, Galindo Silva G, Santos Rocha Érica, Barbosa da Silva J, Rocha Coimbra T, Cristhyan Alves Carvalho A, et al. Caracterização dos óbitos por malformações congênitas no sistema nervoso entre 2000 e 2017 no Brasil. J Manag Prim Health Care [Internet]. 16º de novembro de 2020 [citado 21º de novembro de 2024];12:1-17. Disponível em: https://jmphc.emnuvens.com.br/jmphc/article/view/988

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