A saúde coletiva nos currículos de fisioterapia no Brasil
integração ou obrigação?
DOI:
https://doi.org/10.14295/jmphc.2025-v17.1392Palavras-chave:
Currículo, Universidades, Acupuntura; Saúde pública; Promoção da saúde; Terapias Complementares; Medicina Tradicional ChinesaResumo
Objetivou-se analisar o que as matrizes curriculares e os projetos político pedagógicos dos cursos de graduação de Fisioterapia das instituições públicas brasileiras apresentam sobre as disciplinas relacionadas à saúde coletiva. Foram analisadas um total de 47 instituições e foi criado um corpus textual piloto para melhor organização dos dados que continha informações como: Objetivos do Curso; Perfil do Egresso; Eixos Norteadores; Disciplinas Obrigatórias e Optativas; Relevância e coerência com a demanda geográfica; e Avaliação institucional. Quanto a análise dos materiais, foi elaborada uma síntese das informações contidas no PPP através da análise de conteúdo de Bauer. Os excertos mais significativos foram interpretados pela perspectiva crítica sobre os currículos a luz do que preconiza Althusser. As disciplinas mais frequentes encontradas nos currículos foram as relacionadas as categorias, ”atuação na saúde coletiva” e ”fisioterapia na saúde coletiva”, contudo os currículos apresentam as mesmas de forma minimalista frente as demais disciplinas que integram os currículos do curso de fisioterapia, tornando-se apenas mais um papel a ser cumprido.
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