Abaré I

reflexões sobre formação multiprofissional e saúde ribeirinha na Atenção Primária à Saúde

Autores

  • Cristiano Gonçalves Morais Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Ilvia Silva Gomes Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Juliana Gagno Lima Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. Professora no Instituto de Saúde Coletiva - ISCO
  • Teógenes Luiz Silva da Costa Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. Professor no Instituto de Saúde Coletiva - ISCO

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v13.1043

Palavras-chave:

Saúde Pública, Atenção Primária à Saúde, Acesso aos Serviços de Saúde, Capacitação Profissional

Resumo

Este artigo descreve as experiências de formação dos residentes em estratégia saúde da família numa Unidade Básica de Saúde Fluvial na Amazônia. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa. A experiência relatada se desenvolveu em outubro de 2018, com ribeirinhos de 20 comunidades do Baixo Amazonas, durante as atividades de assistência, ensino, pesquisa e extensão na Unidade Básica de Saúde Fluvial - Barco Abaré I. A inserção em atividades como essa faz parte da grade curricular de uma residência em estratégia saúde da família, que conta com profissionais nas áreas de enfermagem, odontologia e farmácia. Para fins de aprendizado utilizou-se de ferramentas de metodologias ativas como o diário reflexivo individual. Os principais aprendizados dessa experiência foram: conhecer a realidade local das comunidades ribeirinhas e refletir sobre as condições de vida e determinantes da saúde na Amazônia.  A importância da vivência no Abaré I foi favorecer experiências para além do âmbito tecnicista, facilitando o contato com a realidade particular da Amazônia, ao mesmo tempo que serviu para entender as necessidades e fragilidades da unidade fluvial na assistência à saúde do contexto ribeirinho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristiano Gonçalves Morais, Universidade Federal do Oeste do Pará

Enfermeiro. Especialista em Estratégia Saúde da Família para Populações do Baixo Amazonas pelo Programa de Residência Multiprofissional da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Ilvia Silva Gomes, Universidade Federal do Oeste do Pará

Farmacêutica. Especialista em Estratégia Saúde da Família para Populações do Baixo Amazonas pelo Programa de Residência Multiprofissional da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Juliana Gagno Lima, Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. Professora no Instituto de Saúde Coletiva - ISCO

Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ

Teógenes Luiz Silva da Costa, Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. Professor no Instituto de Saúde Coletiva - ISCO

Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará

Referências

Castro FS, Cardoso AM, Penna KGBD. As diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação da área da saúde abordam as políticas públicas e o sistema único de saúde?. Rev Bras Mil Cienc. 2019;5(12):29-34. https://doi.org/10.36414/rbmc.v5i12.11. DOI: https://doi.org/10.36414/rbmc.v5i12.11

Conselho Nacional de Saúde. Relatório final da 8° conferência nacional de saúde. [Brasília, DF: CNS; 21 mar 1986 [citado 20 fev. 2021]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/8_conferencia_nacional_saude_relatorio_final.pdf.

Buss PM. Promoção da saúde e qualidade de vida. Cienc Saude Coletiva. 2000;5(1):163-77. https://doi.org/10.1590/S1413-81232000000100014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232000000100014

Peduzzi M. Trabalho em equipe. In: Pereira IB, Lima JCF, organizadores. Dicionário da educação profissional em saúde. 2a ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: EPSJV; 2008 [citado 18 ago. 2021]. p. 419-26. Disponível em http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/l43.pdf.

Gigante RL, Campos GWS. Política de formação e educação permanente em saúde no Brasil: bases legais e referências teóricas. Trab Educ Saude. 2016;14(3):747-63. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sip00124 DOI: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sip00124

Guerra TMS, Costa MDH. Formação profissional da equipe multiprofissional em saúde: a compreensão da intersetorialidade no contexto do SUS. Text Context (Porto Alegre). 2017;16(2):454-69. https://doi.org/10.15448/1677-9509.2017.2.27353. DOI: https://doi.org/10.15448/1677-9509.2017.2.27353

Universidade Federal do Oeste do Pará. Projeto pedagógico do curso: residência multiprofissional em estratégia saúde da família para populações do Baixo Amazonas. Santarém: UFOPA; 2018.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da atenção básica, no âmbito do sistema único de Saúde (SUS). [Brasília, DF]: MS; 2017 [citado 16 jul. 2020]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

Almeida ER, Brandão CC, Matielo E, Santana MA, Ugarte AO, Costa TS. Atenção básica à saúde: avanços e desafios no contexto amazônico. In: Schweickardt JC, El Kadri MR, Lima RTS, organizadores. Atenção básica na região Amazônica: saberes e práticas para o fortalecimento do SUS. Porto Alegre: Rede Unida; 2019. p. 15-50. (Série saúde e Amazônia, 8. https://doi.org/10.18310/9788554329266.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 2.311, de 23 de outubro de 2014. Altera a Portaria n. 2.866/GM/MS, de 2 de dezembro de 2011, que institui no âmbito do sistema único de saúde de saúde (SUS), a política nacional de saúde integral das populações do campo e da floresta (PNSIPCF). Brasília, DF: MS; 2014 [citado 6 jun. 2020]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt2311_23_10_2014.html

Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a política nacional de atenção básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a estratégia saúde da família (ESF) e o programa de agentes comunitários de saúde (PACS). Brasília, DF: MS; 2011 [citado 20 jun. 2020]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html

Ministério da Saúde (BR). Indicadores: tipo de estabelecimento: unidade móvel fluvial. Brasília, DF: CNESNet; [s.d; citado 20 jun. 2020]. Disponível em: http://cnes2.datasus.gov.br/Mod_Ind_Unidade_Listar.asp?VTipo=32&VListar=1&VEstado=00&VMun=&VSubUni=&VComp

Oliveira FGVC, Carvalho MAP, Garcia MRG, Oliveira SS. A experiência dos diários reflexivos no processo formativo de uma residência multiprofissonal em saúde da família. Interface (Botucatu). 2013;17(44):201-10. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832013005000001. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832013005000001

Santos AL, Rigotto RM. Território e territorialização: incorporando as relações produção, trabalho, ambiente e saúde na atenção básica à saúde. Trab Educ Saude. 2010;8(3):387-406. https://doi.org/10.1590/S1981-77462010000300003. DOI: https://doi.org/10.1590/S1981-77462010000300003

El Kadri MR, Santos BS, Lima RTS, Schweickardt JC, Martins FM. Unidade básica de saúde fluvial: um novo modelo da atenção básica para a Amazônia, Brasil. Interface (Botucatu). 2019;23:e180613. https://doi.org/10.1590/interface.180613. DOI: https://doi.org/10.1590/interface.180613

Aguiar TL, Werneck AB, Matos N. Potencialidades e desafios da atenção primária à saúde na Amazônia: a trajetória de implantação de Unidades Básicas de Saúde Fluvial em dois municípios do Estado Amazonas. In: Schweickardt JC, El Kadri MR, Lima RTS, organizadores. Atenção básica na região Amazônica: saberes e práticas para o fortalecimento do SUS. Porto Alegre: Rede Unida; 2019. p. 51-70. (Série saúde e Amazônia, 8). https://doi.org/10.18310/9788554329266. DOI: https://doi.org/10.18310/9788554329266

Lira TM, Chaves MPSR. Comunidades ribeirinhas na Amazônia: organização sociocultural e política. Interações (Campo Grande). 2016;17(1):66-76. http://dx.doi.org/10.20435/1518-70122016107. DOI: https://doi.org/10.20435/1518-70122016107

Fernandes DS. Em busca do desenvolvimento sustentável: a construção de relações sociais em comunidades ribeirinhas da Amazônia. Cienc Cult. 2015;67(2):54-7. http://dx.doi.org/10.21800/2317-66602015000200017. DOI: https://doi.org/10.21800/2317-66602015000200017

Gama ASM, Fernandes TG, Parente RCP, Secoli SR. Inquérito de saúde em comunidades ribeirinhas do Amazonas, Brasil. Cad Saude Publica. 2018;34(2):e00002817. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00002817. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00002817

Grobler L, Marais BJ, Mabunda S. Interventions for increasing the proportion of health professionals practising in rural and other underserved areas [Review]. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Jun 30;2015(6):CD005314. http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD005314.pub3. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD005314.pub3

Downloads

Publicado

03-09-2021

Como Citar

1.
Gonçalves Morais C, Silva Gomes I, Gagno Lima J, Silva da Costa TL. Abaré I: reflexões sobre formação multiprofissional e saúde ribeirinha na Atenção Primária à Saúde. J Manag Prim Health Care [Internet]. 3º de setembro de 2021 [citado 17º de dezembro de 2024];13:e011. Disponível em: https://jmphc.emnuvens.com.br/jmphc/article/view/1043

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.